sábado, 3 de fevereiro de 2007

começando numa de actualidades:

"Concorda com a despenalização da interrupção voluntária da gravidez, se realizada, por opção da mulher, nas primeiras 10 semanas, em estabelecimento de saúde legalmente autorizado?"

SIM.

13 comentários:

r. disse...

ora concordo sim senhora! Desde que os senhores deputados saibam ser, de seguida, meninos crescidos e responsáveis e legislem sobre o assunto sem as politiquices partidárias do costume.

xlifes disse...

:) Ora bem, foi uma agradável surpresa descobrir este novo espaço. Gosto do aspecto e dos pequenos detalhes engraçados nas coisas.
Gosto do nome e da "temática".
Espero que acabe por funcionar também como um diário de bordo onde se registam muitas noites tagarelas lá fora ;)
Vamos lá tagarelar então! ;)

xlifes disse...

Bolas. Enganei-me no post! Começo bem já :P
Pronto, o comentário a este deixo-o depois lá em baixo :P

sandrovscky disse...

concordo sobretudo com a primeira parte: o assunto ja enjoa. mas confesso que o 'não', ou melhor, os argumentos que vou ouvindo do 'não' me enjoam muito mais. estou farta de ouvir barbaridades. (aparte: passem pelo blog do markl e leiam alguns dos episódios que se têm passado por lá sobre isto).
acho tb o mesmo relativamente à educação sexual, no entanto... acho que a malta quando chega a esse campo arrisca demais, mm qd bem informados!!... e não falo só de uma gravidez indesejada... de mal o menos!!!
e por último... quem anda à chuva molha-se... e por isso mesmo... a abstinência é o único método contraceptivo 100% eficaz. hum... por isso VOTO SIM.

r. disse...

esgalha mas achas que a actual lei resolve? não será melhor assumir um passo em frente e mudar os acuais moldes do código penal? Alguns dos argumentos do não prendem-se com o "deixem estar como está porque isto um dia vai-se alterar de uma forma melhor". Dizes bem... que o país está feito de adiamentos. Se fosse noutro lugar qq do mundo acreditava em argumentos destes.. mas na minha tenra experiencia por esteas terras sei que dizer iso é o mesmo que nada. Quanto às questões dos direitos de paternidade, acho que sim deveriam ser legislado sobre isso... mas a verdade é que actualmetne, mesmo com o aborto ilegal, a situação é precisamente a mesma, com a agravante de que as mulheres não são encorajadas a pedir ajuda nem conselhos às pessoas que mais as poderiam ajudar e habilitadas a tal.

Gosto deste blog!

Barbosa disse...

Eu já adoro este blog e quase nada escrevi!! :))

Antes de mais olá a todos! Estamos a 1semana de mais um referendo sobre a questão do aborto e eu coloco a mesma questão que me lembro de colocar à 10anos: esta é uma questão que se referende? Eu não tenho resposta.

Há 10anos o "não" ganhou e portanto ficou tudo na mesma. Passados 10anos voltamos todos a ser chamados a falar outra vez. Desde então já nasceram muitas crianças e muitos jovens passaram a idade e podem agora votar. Eu acho que vão ser esses e todos os outros que já tinham votado SIM que poderão agora fazer a diferença. E até acredito que o sim ganhe...

Relativamente à questão que vai ser colocada, eu, se for a Marselha, onde está o consolado, votarei "SIM". Porque sou a favor de mudança e a discussão idiótica e mediática que vejo de vez em quando na tv ou na net é uma perda de tempo. Gosto de saber a opinião e argumentos de ambos os lados mas há limites e isto já chateia de tanto tempo que se perde. Gosto de pensar as coisas de forma simples e sei que alguns me poderão dizer que esta não é simplesmente uma questão simples. Mas no fundo, vão haver sempre pessoas a dizer que se cometerá um erro se o SIM ganhar e haverá sempre alguém a queixar-se que ganhando o NÃO os problemas ficam na mesma. Nunca se satisfaz toda a gente, a questão que se discute é qual a menos má das duas situações. Eu digo que já estamos há demasiado tempo sem mudanças e com os mesmos problemas. E concordo com a opinião que se deve dar o poder de decisão às pessoas em questão: a mãe e o pai. É verdade que o pai tem uma certa "desvantagem" mas isso já é uma questão a resolver dentro do casal, a isso se chama um problema familiar.

Eu coloco-me hipoteticamente perante a situação de ter um filho indesejado. Indesejado pelo timing nunca indesejado por não gostar ou não querer um. O Estado neste momento obriga-me a ter e educar esta criança desde que não se prove que vá nascer com deficiência. Eu digo que sou eu e a minha gaja que decidimos sobre isso. Porque todos erramos e em muitos casos o embrião forma-se porque a Durex fabricou um preservativo com defeito ;)

O ser humano é o único animal que, embora racional, coloca a sua própria vida em risco. Não fomos feitos para tomar decisões certas ou erradas mas para encontrar a melhor conforme o contexto. A mim parece-me que este contexto já dura há muito tempo...

betinha disse...

beeeeeem, isto ja avançou tao depressa que se calhar ja n vou conseguir "responder" a tudo o q queria quando li. Mas é bom sinal!! =)

antes de mais, o assunto já chateia sim, e como já tive oportunidade de dizer, puxei-o aqui precisamente p espicaçar o publico!:P E pq, independentemente da falta de paciencia p campanhas politicas, debates entre "entendidos" ou vozes públicas, e todo o tipo de bombardeamento de (des)informacao que se vai seguir até dia 11, quando discutido seriamente e sem intenções de pregar, este é um tema tao bom como qq outro para uma boa conversa e troca de opinioes, como aliás já me ajudaram a confirmar. :)

Vou votar pela primeira vez. Porque finalmente me sinto esclarecida o suficiente sobre o tema para formar uma opinião e a fazer valer. Não vejo o SIM neste caso como a resposta perfeita a todos os problemas, mas pelo menos como um passo em frente, na direcção que penso ser a mais sensata. E como sempre, tem de se começar por algum lado... é verdade que a forma final da lei e de todas as outras decisões jurídicas ou politicas não estão directamente nas nossas mãos, mas é esta a maneira que temos de “participar”. Por isso entre estar quieta e arriscar marcar posiçao, desta vez arrisco. E falo sem qq moralismo de “votar é um dever cívico e bla, bla”, pq como ja disse, vou votar pela primeira vez e não quer dizer q o vá fazer sempre a partir de agora. :P

Concordo com o que voces ja disseram em geral, por isso vou tentar n repetir. Resumindo, para mim a questao não se põe (como o esgalha já referiu) em pensar q Nao pq se é a favor da vida ou que Sim simplesmente pq há abortos clandestinos. Levado ao extremo, o homicidio (e todos os crimes) são ilegais e continuam a acontecer clandestinamente, por isso bora la deixar de ser hipocritas e legalizá-los. Não é por aí. O aborto clandestino é um facto mas não é, na minha opinião, argumento válido para esta tomada de posição. Quanto ao argumento “pela vida”, digamos que acaba por ir mais ao cerne da questão, embora pelo lado hipócrita na minha opinião. O que me faz pensar que há situações além das já previstas na lei (e que incrivelmente até essas haja quem questione) em que abortar é realmente uma opção válida, é precisamente porque para mim Vida vai muito além do simples conceito biológico da coisa, e como tal, trata-se de claramente assumir se a mulher (ou preferencialmente o casal, se as circunstancias permitirem) tem o direito de decidir sobre o “projecto de vida” que tem dentro de si (literalmente apenas a mulher, claro), e se realmente o quer como seu próprio projecto de vida ou não. E falo em projecto de vida, precisamente porque se, como se argumenta por ai, a vida começa na concepção (certo), ela não está garantida apenas com o nascimento. Há uma série de condições extra a ter em conta para realmente garantir À CRIANÇA o direito à vida digna, amada, desejada, e vivida em vez de sobrevivida. Este é que eu acho que é o direito de todas as crianças (e portanto, de todos nós), de serem desejadas pelos pais e não de serem postas no mundo para se verem crescer maltratadas, desprezadas, abandonadas ou empurradas de mão em mão. Anda-se a discutir se às 10 semanas já bate o coração ou não, e se bate há vida, ponto final. Que discussão tão simplista. Não é à toa que o Homem gerou à sua volta ao longo da sua existência múltiplas outras ciências além da biologia. Ciências Humanas, creio mesmo que se chamam... Somos bem mais complexos do que um coração a bater mas por momentos, parece que toda a gente se esquece disso.

Só p acabar, uns últimos comentários:
A questão do Pai nesta história toda penso que é também muito relevante mesmo, simplesmente não acho que se altere quer com o Não quer com o Sim. Se o Sim ganhar, a mulher decide se aborta ou não. E se o Não ganhar? A mulher decide na mesma, apenas clandestinamente. Em relação aos direitos do pai quanto à criança, nada se altera, penso eu. E a respeito disto, devo dizer que os homens são tão monstrinhos como as mulheres. Para mim é igualmente condenável um homem que goza o momento, deixa lá um filho e se põe a andar, como uma mulher que, à revelia da vontade do homem, engravida para o “segurar”. E não devem ser tão poucos os casos quanto isso...
Resta-me dizer que, em geral, não acho que uma mulher aborte como quem vai ao cinema. :P No entanto, por muito que custe admitir, não duvido que haja decisões tomadas com mais leviandade que o desejável. Mas entre manter a situação como está para evitar q esses casos se “soltem”, e continuar a recusar a uma mulher (casal) responsável esse direito à escolha consciente, eu prefiro a 2ª hipótese. E seja como for, vejo como muito mais realista que uma mulher procure aconselhamento e ajuda se o assunto for tratado às claras, do que sendo ilegal.

betinha disse...

"Eu coloco-me hipoteticamente perante a situação de ter um filho indesejado. Indesejado pelo timing nunca indesejado por não gostar ou não querer um. O Estado neste momento obriga-me a ter e educar esta criança desde que não se prove que vá nascer com deficiência. Eu digo que sou eu e a minha gaja que decidimos sobre isso. Porque todos erramos e em muitos casos o embrião forma-se porque a Durex fabricou um preservativo com defeito ;)"

só para dizer que é isso que muita gente parece não ter a capacidade de fazer: pôr-se realmente na situação e largar de vez a ilusão de que só acontece aos outros.

r. disse...

era interessante ter por aqui alguem que vá votar "não" no dia 10.

betinha disse...

interessante mm era aparecer alguém q vá votar "não" no dia 11! Isso é q era! :P LOL ;)

sandrovscky disse...

LOLOLOLOLOLOL no comments!

Anónimo disse...

lololol

ah e tal porque mesmo estando numa instituição sou muito feliz e ainda bem que a minha mãe não escolheu abortar-me! por favor... não comento

SIM no dia 11

betinha disse...

benvinda piiiiiiiiimm! ;)